quarta-feira, 23 de junho de 2010

2º Dia de peregrinação a Santiago de Compostela


Cartaxo – Fátima

A saída foi por volta das oito da manhã, após um pequeno-almoço oferecido pelos simpáticos donos da casa.
Descemos até ao Cartaxo e retomamos o caminho junto ao Tejo. Por entre campos cultivados de tomates chegamos a ponte Salgueiro Maia, que antecede o aeródromo de Santarém, onde carimbamos a nossa credencial.
Depois da subida até Santarém, recuperamos energias numa esplanada local, fizemos uma pequena visita pela cidade e lá seguimos nós pelo caminho, desta vez apenas o Caminho do Tejo.
Azóia de Baixo foi a povoação que se antecedeu a um trilho espectacular onde encontramos os primeiros peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, mas que também como nós queriam passar por Fátima, era um simpático casal francês que estava a fazer o caminho a pé.
Um pouco antes de Advagar, uns cem metros antes da fonte com água potável e muito fresquinha, o Henrique desequilibrou-se e foi ao chão.
Um tombo muito feio que lhe fez algumas mazelas, um dedo torcido em dois lados, uns arranhões num joelho e bastante pó por todo o corpo, ele com uma coragem enorme, rapidamente colocou o dedo no sítio e só depois se levantou bastante assustado e admirado com ele mesmo, saímos daquele local e deparamo-nos logo de seguida com a fonte com água corrente e bem fresca, foi ali que fizemos os primeiros socorros devidamente, aproveitando a frescura da água corrente.
Depois de recompostos e com um pouco de receio, seguimos caminho, optamos por procurar um sítio para almoçar, estavam cerca de 45º o que não estava a ajudar muito a nossa actual situação.
Encontramos não muito longe um simpático café que nos preparou um magnífico almoço na esplanada com um coberto fresquinho.
Tivemos a magnifica e alegre companhia da menina Leonor, filha dos donos, que nos presenteou com a sua pequena fome, mas com uma enorme alegria.
Almoçamos, descansamos, com a ajuda da dona do café tratamos um pouco melhor da esfoladela do joelho e pusemo-nos ao caminho novamente.
Começamos a encontrar as primeiras vieiras que nos indicavam o caminho a seguir, embora não as padronizadas, mas mesmo assim não deixavam de indicar o caminho e com algumas ideias bastante originais.
Santos, Malhou e Monsanto, foram as povoações que se seguiram, quase sempre a subir, paramos mais uma vez para recuperar energias antes de enfrentarmos a enorme subida de Minde.
Fátima estava cada vez mais perto e o terreno começou a ajudar um pouco, pois as subidas intermináveis tinham já ficado todas para trás.
Passamos novamente por peregrinos a pé e uns quilometros a frente entramos em Fátima, a segunda etapa estava concluída.
Ficamos hospedados no Hotel Pax, antigo seminário dos missionários da consolata.

No final da segunda jornada o relógio marcava as seis da tarde.

Foram 99.02 km percorridos em 06h:15m a pedalar







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