sábado, 25 de setembro de 2010

7º Dia de Peregrinação a Santiago

De Sesimbra a Santiago em btt
7º Dia
05.06.2010
Porto – Viana do Castelo

Saímos do hotel por volta das 08:30 e fomos tomar o pequeno-almoço a casa do Grande Confrade Miguel.
Após o pequeno-almoço e depois de preparar as bikes demos então inicio a nossa jornada pelo Caminho de Santiago.
Comigo e com o Henrique arrancou o Confrade Miguel, sua esposa e também o amigo Pinto Leite, com a sua grande alegria e boa disposição.
Um pouco mais a frente o Confrade Miguel aconselhou-nos a fazer um pequeno desvio para evitar uma zona perigosa, que nos levou a Leça do Balio, e ainda ficamos com a vantagem de ver o Mosteiro de Leça, onde Pedro e Inês se casaram, seguimos depois até a Maia.
Seguimos o caminho que nos levou por Vilar por caminhos bastantes rolantes, depois por Vilarinho onde fizemos uma pequena pausa para repor energias.
Arrancamos novamente e pouco depois paramos na ponte sobre o rio Ave onde apreciamos a sua magnificência e esplendor, nessa altura passaram por nos alguns peregrinos que pareciam que estavam a fazer uma maratona.
Continuamos o caminho na nossa calma e ele levou-nos a passar por, Ladainhas, Arcos, e mais a frente chegamos a São Pedro de Rates, onde visitamos o Albergue de Peregrinos e também o Mosteiro.
Em São Pedro de Rates, encontramos novamente muitos peregrinos de bike com bastante pressa, e também alguns que estavam a fazer o caminho a pé, mas esses primavam pela calma e descontracção.
Nós como tínhamos previsto iniciamos em São Pedro de Rates, o Caminho da Costa que nos iria levar até Valença mas passando por Viana do Castelo.
Foi então que o caminho nos levou por uma antiga via-férrea em que as sulipas nos fizeram sofrer um bom bocado, mas com calma e força de vontade foram ficando para trás.
O caminho levou-nos a passar por uma bonita estrada medieval que nos levou até Lagoa Negra, onde fizemos novamente uma paragem para apreciar a beleza local.
Pouco depois de retomarmos o caminho chegamos a Fonte Boa, onde a especial favor tinha-mos o carimbo da paróquia à nossa espera, ainda tentamos arranjar maneira de passar o Rio Cávado num dos barcos de uns pescadores que se encontravam no local, mas eles não se mostraram interessados em nos proporcionar tal travessia, tivemos então que seguir até Fão e depois passar na berma da estrada nacional 13.
Um pouco mais a frente chegamos a Esposende, onde paramos para recompor o estômago e descansar um pouco.
Seguimos caminho e um pouco mais a frente encontramos um dos muitos amigos do Confrade Miguel que nos após um pouco de prosa connosco nos incentivou a fazer o caminho monacal em Espanha, demos-lhe o nosso email e ele enviou-nos o track para GPS.
Seguimos o caminho e uns quilómetros mais a frente entramos numa zona de mato, onde o caminho nos levou por uns single tracks espectaculares e bastante técnicos, claro está que aproveitamos para aumentar a nossa colecção de fotos do caminho.
Um pouco mais a frente o caminho levou-nos a passar por Chafe e depois por Anha onde circulamos mais uma vez por uma estrada real, que nos levou a entrada de Viana do Castelo, passamos a ponte construída por Gustavo Eiffel, e seguimos até a estação de comboios onde esperávamos conseguir apanhar um comboio que pudesse levar o Confrade Miguel, sua esposa e o Pinto Leite até ao Porto novamente, mas tal não foi possível conseguir, o que veio fazer com que eles fossem obrigados a jantar connosco enquanto o filho do Grande Confrade Miguel fazia a viagem do porto até Viana para os ir buscar.
Ficamos alojados na Pousada da Juventude, que se encontrava quase cheia de jovens que iam participar numa prova de canoagem no dia seguinte.

Quando paramos as bicicletas eram cerca das21:00.
O conta-quilómetros tinha registado 91.00km percorridos em 6h:30m a pedalar

Mosteiro de Leça do Balio

Pedro & Ines






Os Intervenientes do dia




O caminho

Mosteiro de São Pedro de Rates

Capela em Esposende


Finalmente Viana do Castelo


domingo, 8 de agosto de 2010

6º Dia de Peregrinação a Santiago

De Sesimbra a Santiago em btt
6º Dia
04.06.2010
Albergaria-a-Velha – Porto
A saída foi por volta das nove da manhã, após um magnífico pequeno-almoço com pão caseiro e mel feito pelos donos da casa.
Depois de uma tarde de descanso, foi bem mais fácil recomeçar o caminho.
Apanhamos o caminho quase a porta de casa, e um pouco mais a frente nos levou por um mato de eucaliptos e pinheiros, com trilhos rolantes e muito bonitos.
Pinheiro da Bemposta foi a povoação que antecedeu a Oliveira de Azeméis, onde fizemos uma pequena paragem para repor energias e conversar com alguns populares que se encontravam no jardim municipal.
O caminho levou-nos a passar por Salgueiro, Faria de Cima e São João da Madeira onde passamos pela antiga fabrica da “Oliva” que infelizmente se encontra desactivada, foi com muita tristeza que apreciamos tal abandono. Um pouco mais a frente o caminho levou-nos a circular na Nacional 1 e depois em S. João de Ver por uma estrada real com um piso muitíssimo irregular que nos levou até Ferrada.
A chegada a Grijó resolvemos almoçar no simpático restaurante “Kebab”, onde fomos muito bem recebidos e servidos, como não podia deixar de ser o almoço foi uma francesinha a moda do Porto, após o almoço ficamos um pouco a descansar e a conversar com o proprietário, enquanto o Grande Confrade Miguel vinha do Porto ao nosso encontro.
Depois de alguma prosa entre todos, resolvemos seguir caminho e fomos visitar o Mosteiro de Grijó com o Miguel a fazer de guia.
Durante a magnífica visita falamos com o senhor que trata da conservação do Mosteiro, que muito amavelmente nos explicou mais alguns pormenores do mesmo.
Acabada a visita foi altura de retomar o caminho por uma calçada romana que sobe a serra de Canelas, que se mostrou bastante técnica e algo difícil, mas como a moral estava em alta foi fácil de percorrer.
A entrada de Gaia encontramos uma peregrina francesa que levava o mesmo destino que nós, o Miguel já tinha encontrado essa senhora de cerca de 75 primaveras e com uma mochila quase do seu tamanho.
Durante a conversa a senhora quis encontrar um livro na sua mochila e pediu-nos que a ajudássemos, quando a segurei quase que fui ao chão, a mochila pesava a vontade mais de 15 kg e ela já estava a andar a mais de 15 dias sempre com ela as costas!
O Confrade Miguel foi indicar a senhora onde ficava o hotel que ela tinha reservado, e nos fomos até a Serra do Pilar apreciar a magnifica vista sobre a “Invicta”.
Passamos pela ponte D. Luís e logo depois fizemos uma visita a Sé do Porto, onde tiramos umas fotos, depois seguimos por S. Bento e pela Praça da Liberdade, que antecedeu a Igreja dos Clérigos, onde encontramos novamente o Confrade Miguel que nos levou a ver mais alguns cantos daquela zona muitíssimo bonita.
Passamos pela Igreja do Carmo com a sua magnífica fachada em azulejos, e depois seguimos para o hotel que o Grande Confrade Miguel nos tinha reservado.

Ao chegar ao Hotel tínhamos 75.11km percorridos em 5h:42m a pedalar, o relógio marcava as 19:00.
O jantar foi na companhia do Miguel num restaurante local e como era de esperar foi tripas a moda do Porto, logo depois fomos fazer uma visita ao Porto onde o Miguel foi mais uma vez o nosso guia.



















domingo, 4 de julho de 2010

5º Dia de Peregrinação a Santiago

5º Dia
Mealhada – Albergaria-a-Velha

Saída por volta das nove da manhã, após um belo pequeno-almoço numa pastelaria local que fica no caminho.
Paramos logo depois para reparar um furo na bike do Henrique, o que nos valeu o facto de existir uma bomba de gasolina por perto, que nos poupou bastante trabalho.
O caminho guiou-nos por entre um eucaliptal com trilhos bastante rolantes até Alpalhão e depois pela povoação de Arcos, que antecedeu a Avelãs de Caminho, onde o caminho atravessa a Nacional 1.
Um pouco mais à frente encontramos mais uns peregrinos que também tinham partido de Lisboa rumo a Santiago, mas como se deslocavam a pé já levavam 12 dias de caminho.
Passamos pela zona industrial de Barrô, que por ser feriado estava deserta, o que em certo ponto foi bom para nós.
A chegada a Águeda foi rápida, mas não dispensamos a paragem num café local para repor energias e carimbar as nossas credenciais.
Á saída de Águeda o terreno alterou bastante, voltamos às subidas enormes e com grande inclinação e descidas lentas, mas com vontade e determinação tudo se passou.
A chegada à Trofa deparamo-nos com muitos peregrinos a caminho de Fátima, mas pela berma da movimentadíssima nacional, ainda tentamos convencer um grupo a seguir as setas azuis que fazem o mesmo caminho que nos tínhamos feito até ali, mas em direcção oposta, mas a resposta foi que era por ali que costumavam ir e que desconheciam tal caminho.
A passagem por Pedaçães antecedeu um caminho espectacular digno de um postal, onde aproveitamos para tirar umas fotos. Seguiu-se a passagem pelo rio Vouga e um pouco mais a frente a enorme subida até Assilhó, que com o calor que se fazia sentir foi bastante difícil de percorrer.
Entramos logo a seguir em Albergaria-a-Velha onde o simpático casal Martinho nos esperava ansiosamente em sua casa para um magnífico almoço.
Como a mesa estava farta, e a conversa animada, e a convite de tão simpática família, optamos por ficar por ali a descansar o resto do dia e a contar um pouco da nossa aventura.

Na altura da paragem o relógio marcava as 13h:30m
Neste dia fizemos apenas 46,40 km em 3 horas a pedalar.






sexta-feira, 2 de julho de 2010

4º Dia de Peregrinação a Santiago

Ansião - Mealhada


Pouco passava das oito e meia quando nos despedimos dos simpáticos Bombeiros Voluntários de Ansião.
Cerca de uma hora depois já tínhamos tomado o pequeno-almoço e feito as compras necessárias para o dia que estava a começar.
Retomamos o caminho em direcção a povoação de Lagoa que antecedia uma zona com uns trilhos espectaculares e com um terreno quase plano, onde tiramos algumas fotos para mais tarde recordar; seguiu-se a povoação de Junqueira e depois Alvorge, Rabaçal e depois mais uns trilhos espectaculares que nos levaram a Condeixa-a-Velha onde fomos visitar as famosas Ruínas de Conímbriga.
Depois de deixar as bikes em sítio seguro, compramos os bilhetes e lá fomos nós de máquina fotográfica em punho apreciar as famosas ruínas. Na zona da “casa rica”deparamo-nos com um facto um tanto ou quanto curioso e triste, os repuxos que embelezam o local, só trabalham mediante pagamento, mas a máquina estava avariada, só os grupos tinham direito a uns breves momentos para tirar umas fotos.
Concluindo, quem têm bilhetes mais baratos têm mais direitos!!! Mas enfim, deixei bem claro na bilheteira o meu descontentamento perante essa situação.
Seguimos caminho até Cernache, onde almoçamos no café “O Moleirinho”, na companhia de uns jovens que tinham acabado um teste escolar, e que ficaram admirados com a nossa aventura/peregrinação.
Depois de uns bons momentos de prosa com eles resolvemos metermo-nos novamente a caminho.
Seguimos por trilhos bastante bonitos e pouco depois estávamos à entrada da Cidade dos estudantes, onde paramos num miradouro para tirar umas fotos da cidade, depois foi descer até junto do rio e fomos apreciar o Mosteiro de Santa Clara a Velha e a ponte pedonal Pedro e Inês, com os seus coloridos vitrais sobre o rio, aproveitamos as esplanadas locais para repor níveis antes do próximo trajecto.
Seguimos junto ao rio e um pouco mais a frente o caminho fez-nos seguir por entre as povoações de Trouxemil, Santa Luzia, Carqueijo até que chegamos à Mealhada.
Chegados lá, como tinha-mos lido que existia um albergue de peregrinos bem junto do caminho e como não sabíamos ao certo a sua localização fomos aos Bombeiros perguntar, qual o nosso espanto quando nos informaram que não tinham conhecimento de tal albergue na Mealhada, ofereceram-se para nos alojar nas suas instalações, agradecemos mas nos tínhamos em mente ir experimentar o albergue.
Deduzimos então que quando o Bombeiro não sabe, quem sabe é a GNR, fomos até lá perguntar, deparamo-nos com uns agentes novos e muito simpáticos que nos quiseram oferecer água fresca, café e até banhos, mas que também não tinham conhecimento do dito albergue de peregrinos, felizmente um deles teve a espectacular ideia de telefonar a um padre amigo que logo veio em nosso auxílio, o padre sabia onde se situava o albergue e logo se disponibilizou para nos guiar ao sítio.
O albergue de peregrinos da Mealhada fica mesmo junto ao caminho, mas como estava nos últimos acabamentos o dono ainda não tinha colocado a placa indicativa.
O albergue faz parte do “Hilário Residence” na Avenida da Restauração em Sernadelo, junto ao “Pedro dos Leitões”.
Foi na residencial que ficamos alojados, visto o albergue estar a receber os últimos retoques, mas o preço da estadia foi como se estivéssemos no albergue.

Com esta confusão quando paramos, o relógio já marcava as 19:00, e o conta-quilómetros tinha registado 76,50 km percorridos em 05h:11m a pedalar.
Nesse dia como não podia deixar de ser o jantar foi leitão, acompanhado de vinho verde no restaurante “Pic-Nic”.












segunda-feira, 28 de junho de 2010

3º Dia de Peregrinação a Santiago de Compostela

Fátima – Tomar – Ansião

O dia começou pelas oito e meia, fomos até ao Santuário que aquela hora se apresentava com poucos crentes, queimar umas velas e obter o carimbo que eles têm especialmente feito para os peregrinos de Santiago de Compostela.
Um pequeno reparo de um segurança fez-nos rir, o segurança que estava a entrar ao serviço, veio alertar que não se podia ter as bikes junto a porta onde se carimba a credencial, perguntamos onde as devíamos colocar, e a resposta foi que deveriam de estar fora do santuário, o que as colocava a mercê de todos, pois teriam de ficar longe de nós.
Depois de tiradas as fotos da praxe, foi altura de nos pormos ao caminho.
Seguimos em direcção a Tomar, mas por uns caminhos que teoricamente seriam 18 km sempre a descer, saiu-nos bastantes subidas em cascalho e descidas pouco rolantes, chegamos a Tomar com 32 km feitos em cerca de 3 horas!
Em Tomar depois de repormos energias no café Ri Alto, o Henrique convenceu-me a não subir ao Convento de Cristo, ficamo-nos por umas fotos tiradas junto a roda que está no jardim municipal, e por um passeio por esse mesmo jardim.
Como o Henrique continuava com bastantes dores no dedo resolvemos ir a Farmácia Central, comprar uma pomada para minimizar as dores, e colocamos mais um carimbo nas nossas credenciais.
Seguimos pela Alameda Primeiro de Março e retomamos o caminho um pouco mais a frente, que se encostou ao rio, para logo de seguida subir a serra que nos presenteou com umas magnificas vistas. Passamos pela povoação de Casais, e um pouco mais a frente fizemos um desvio para irmos almoçar, pois a fome estava a começar a marcar presença.
Almoçamos em Pintado no restaurante “O Invejado”, como o Henrique estava um pouco me baixo, falamos com o dono do restaurante, e ele foi dormir um pouco para recuperar energias devidamente.
Após uma soneca de meia hora apareceu quase como novo.
Arrancamos então em direcção a Portela de Vila Verde, e seguimos depois por, Quinta do Tojal, Cortiça e Alvaiázere, onde paramos novamente para reclamar umas cervejas que nos tinha sido prometidas logo no início e, naquela altura bem que estavam a ser necessárias, enfrentar as serras até ali não tinha sido nada fácil.
Depois de repormos os níveis num café local e de termos um pouco de prosa com os clientes e o dono do mesmo acerca do desnível do terreno que teríamos de enfrentar, foi altura de retomar o caminho.
Foi duro enfrentar a subida da Serra dos Ariques depois de tão desgastante dia, mas como o caminho indicava por ali…
A chegada a Ansião foi por um caminho um pouco mais rolante do que tinha-mos enfrentado anteriormente.

O relógio marcava as 19:00 quando fomos pedir guarida aos Bombeiros Voluntários, que se mostraram muito prestáveis e simpáticos, em nos disponibilizarem as suas instalações.

O conta-quilómetros marcava 85.15km percorridos em 5h:45m a pedalar.