segunda-feira, 28 de junho de 2010

3º Dia de Peregrinação a Santiago de Compostela

Fátima – Tomar – Ansião

O dia começou pelas oito e meia, fomos até ao Santuário que aquela hora se apresentava com poucos crentes, queimar umas velas e obter o carimbo que eles têm especialmente feito para os peregrinos de Santiago de Compostela.
Um pequeno reparo de um segurança fez-nos rir, o segurança que estava a entrar ao serviço, veio alertar que não se podia ter as bikes junto a porta onde se carimba a credencial, perguntamos onde as devíamos colocar, e a resposta foi que deveriam de estar fora do santuário, o que as colocava a mercê de todos, pois teriam de ficar longe de nós.
Depois de tiradas as fotos da praxe, foi altura de nos pormos ao caminho.
Seguimos em direcção a Tomar, mas por uns caminhos que teoricamente seriam 18 km sempre a descer, saiu-nos bastantes subidas em cascalho e descidas pouco rolantes, chegamos a Tomar com 32 km feitos em cerca de 3 horas!
Em Tomar depois de repormos energias no café Ri Alto, o Henrique convenceu-me a não subir ao Convento de Cristo, ficamo-nos por umas fotos tiradas junto a roda que está no jardim municipal, e por um passeio por esse mesmo jardim.
Como o Henrique continuava com bastantes dores no dedo resolvemos ir a Farmácia Central, comprar uma pomada para minimizar as dores, e colocamos mais um carimbo nas nossas credenciais.
Seguimos pela Alameda Primeiro de Março e retomamos o caminho um pouco mais a frente, que se encostou ao rio, para logo de seguida subir a serra que nos presenteou com umas magnificas vistas. Passamos pela povoação de Casais, e um pouco mais a frente fizemos um desvio para irmos almoçar, pois a fome estava a começar a marcar presença.
Almoçamos em Pintado no restaurante “O Invejado”, como o Henrique estava um pouco me baixo, falamos com o dono do restaurante, e ele foi dormir um pouco para recuperar energias devidamente.
Após uma soneca de meia hora apareceu quase como novo.
Arrancamos então em direcção a Portela de Vila Verde, e seguimos depois por, Quinta do Tojal, Cortiça e Alvaiázere, onde paramos novamente para reclamar umas cervejas que nos tinha sido prometidas logo no início e, naquela altura bem que estavam a ser necessárias, enfrentar as serras até ali não tinha sido nada fácil.
Depois de repormos os níveis num café local e de termos um pouco de prosa com os clientes e o dono do mesmo acerca do desnível do terreno que teríamos de enfrentar, foi altura de retomar o caminho.
Foi duro enfrentar a subida da Serra dos Ariques depois de tão desgastante dia, mas como o caminho indicava por ali…
A chegada a Ansião foi por um caminho um pouco mais rolante do que tinha-mos enfrentado anteriormente.

O relógio marcava as 19:00 quando fomos pedir guarida aos Bombeiros Voluntários, que se mostraram muito prestáveis e simpáticos, em nos disponibilizarem as suas instalações.

O conta-quilómetros marcava 85.15km percorridos em 5h:45m a pedalar.


 









quarta-feira, 23 de junho de 2010

2º Dia de peregrinação a Santiago de Compostela


Cartaxo – Fátima

A saída foi por volta das oito da manhã, após um pequeno-almoço oferecido pelos simpáticos donos da casa.
Descemos até ao Cartaxo e retomamos o caminho junto ao Tejo. Por entre campos cultivados de tomates chegamos a ponte Salgueiro Maia, que antecede o aeródromo de Santarém, onde carimbamos a nossa credencial.
Depois da subida até Santarém, recuperamos energias numa esplanada local, fizemos uma pequena visita pela cidade e lá seguimos nós pelo caminho, desta vez apenas o Caminho do Tejo.
Azóia de Baixo foi a povoação que se antecedeu a um trilho espectacular onde encontramos os primeiros peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, mas que também como nós queriam passar por Fátima, era um simpático casal francês que estava a fazer o caminho a pé.
Um pouco antes de Advagar, uns cem metros antes da fonte com água potável e muito fresquinha, o Henrique desequilibrou-se e foi ao chão.
Um tombo muito feio que lhe fez algumas mazelas, um dedo torcido em dois lados, uns arranhões num joelho e bastante pó por todo o corpo, ele com uma coragem enorme, rapidamente colocou o dedo no sítio e só depois se levantou bastante assustado e admirado com ele mesmo, saímos daquele local e deparamo-nos logo de seguida com a fonte com água corrente e bem fresca, foi ali que fizemos os primeiros socorros devidamente, aproveitando a frescura da água corrente.
Depois de recompostos e com um pouco de receio, seguimos caminho, optamos por procurar um sítio para almoçar, estavam cerca de 45º o que não estava a ajudar muito a nossa actual situação.
Encontramos não muito longe um simpático café que nos preparou um magnífico almoço na esplanada com um coberto fresquinho.
Tivemos a magnifica e alegre companhia da menina Leonor, filha dos donos, que nos presenteou com a sua pequena fome, mas com uma enorme alegria.
Almoçamos, descansamos, com a ajuda da dona do café tratamos um pouco melhor da esfoladela do joelho e pusemo-nos ao caminho novamente.
Começamos a encontrar as primeiras vieiras que nos indicavam o caminho a seguir, embora não as padronizadas, mas mesmo assim não deixavam de indicar o caminho e com algumas ideias bastante originais.
Santos, Malhou e Monsanto, foram as povoações que se seguiram, quase sempre a subir, paramos mais uma vez para recuperar energias antes de enfrentarmos a enorme subida de Minde.
Fátima estava cada vez mais perto e o terreno começou a ajudar um pouco, pois as subidas intermináveis tinham já ficado todas para trás.
Passamos novamente por peregrinos a pé e uns quilometros a frente entramos em Fátima, a segunda etapa estava concluída.
Ficamos hospedados no Hotel Pax, antigo seminário dos missionários da consolata.

No final da segunda jornada o relógio marcava as seis da tarde.

Foram 99.02 km percorridos em 06h:15m a pedalar







sexta-feira, 18 de junho de 2010

Resumo do 1º Dia

Foi as 07:50 de 30 de Maio de 2010, que deixei em casa a minha esposa e filha para dar inicio a minha peregrinação a Santiago de Compostela de bicicleta.
Nas calmas e sempre com uma pedalada constante, fiz o meu caminho pelo Fogueteiro, atravessei o Laranjeiro e entrei em Almada, onde subi até ao Cristo Rei. Fui carimbar a minha credencial do peregrino e tirar umas fotos para mais tarde recordar, depois de uma pequena pausa, lá fui eu em direcção a Cacilhas para apanhar o barco que me iria transportar a margem norte.
A travessia do Tejo foi feita no “Madragoa”, cacilheiro que foi construído nos Estaleiros Navais de S. Jacinto no ano de 1981, sendo esta embarcação a construção nº.131 do estaleiro.
Chegado a margem norte fui nas calmas pelo Terreiro do Paço até à Sé de Lisboa, onde tinha marcado encontro com o Henrique, o meu companheiro de viagem até Santiago de Compostela.
Após a chegada do Henrique e das fotos da praxe, demos início ao nosso caminho até Santiago de Compostela seguindo a famosas setas amarelas, que estão colocadas nos mais diversos locais, sendo que a primeira está numa esquina da Sé de Lisboa.
Sempre com bastante calma e uma pedalada firme começou a nossa grande aventura, com alguns contratempos logo no início, o telemóvel do Henrique foi testar o chão e a corrente da bicicleta dele resolveu experimentar trabalhar fora dos carretos, logo nos primeiros quilómetros. Resolvidos estes pequenos incidentes, lá fomos atravessando Alfama, São Vicente de Fora, Beato e por fim o Parque das Nações, onde se encontrava imensa gente a passear e a fazer desporto.
No Parque das Nações começa também o Caminho do Tejo, que nos iria levar em conjunto ao Caminho de Santiago até Santarém.
Seguimos o caminho pela margem do Rio Trancão, até Póvoa de Santa Iria, onde passamos por cima da linha do comboio e regressamos aos campos que nos levaram até Alverca, onde fomos obrigados a passar novamente por cima da linha do comboio, mas desta vez tivemos que utilizar os elevadores da estação da CP.
De Alverca a Alhandra foi um pulinho, mas infelizmente teve que ser quase sempre pela berma da movimentadíssima nacional 10, mais uma vez passamos por cima da linha do comboio e apanhamos um pouco mais a frente uma ciclo via a beira Tejo que nos deixou as portas de Vila Franca de Xira, o único senão é que acaba numa fábrica abandonada.
Passamos Vila Franca, pelo parque junto ao Tejo e seguimos o caminho por Castanheira simpático bar “Entre Pontes”, onde fomos muito bem recebidos e recuperamos forças para a etapa seguinte.
Seguiu-se o Carregado e a Nacional 3 que por ser domingo tinha pouco transito, à chegada a Azambuja fizemos um desvio para irmos ter a casa de uns sobrinhos do Henrique que muito amavelmente nos receberam no final do primeiro dia da nossa peregrinação, com uma alegria de todo memorável.
A primeira jornada teve o seu final por volta das cinco da tarde

Foram 108.15km de distância percorridos em 06h:07m a pedalar.


resumos dos dias passados

Só agora tive oportunidade de poder descrever mais pormenorizadamente a primeira etapa da minha peregrinação a Santiago de Compostela.

Peço desculpa então a todos os que esperam por estas palavras que descrevem um pouco da minha odisseia, vou tentar ser o mais explícito possível.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Finalmente a Catedral

Finalmente a Catedral  de Santiago
Após 11 dias a pedalar por entre montes e vales com paisagens magnificas chegamos a Santiago de Compostela.
Fica registado o desejo de um relato com muitas fotos pelo meio assim que tiver oportunidade.
Até lá

domingo, 6 de junho de 2010

CAMINHO DE SANTIAGO

Venho pedir desculpa a todos os meus seguidores por não estar a relatar a minha aventura todos os dias, mas deixo aqui expressa a vontade de o fazer o mais breve possivel.
Hoje pelo setimo dia de Caminho e na Companhia do Grande Confrade Miguel Sampaio, sua esposa e irmão chegamos a linda cidade de Viana do Castelo.
Foi por e simplesmente a etapa mais linda e interessante de todo o percurso até hoje por mim feito, não posso deixar de dizer, OBRIGADO MIGUEL!
Em breve penso em relatar o melhor possivel a aventura que estou a viver, mais uma vez a todos as minhas desculpas!