domingo, 4 de julho de 2010

5º Dia de Peregrinação a Santiago

5º Dia
Mealhada – Albergaria-a-Velha

Saída por volta das nove da manhã, após um belo pequeno-almoço numa pastelaria local que fica no caminho.
Paramos logo depois para reparar um furo na bike do Henrique, o que nos valeu o facto de existir uma bomba de gasolina por perto, que nos poupou bastante trabalho.
O caminho guiou-nos por entre um eucaliptal com trilhos bastante rolantes até Alpalhão e depois pela povoação de Arcos, que antecedeu a Avelãs de Caminho, onde o caminho atravessa a Nacional 1.
Um pouco mais à frente encontramos mais uns peregrinos que também tinham partido de Lisboa rumo a Santiago, mas como se deslocavam a pé já levavam 12 dias de caminho.
Passamos pela zona industrial de Barrô, que por ser feriado estava deserta, o que em certo ponto foi bom para nós.
A chegada a Águeda foi rápida, mas não dispensamos a paragem num café local para repor energias e carimbar as nossas credenciais.
Á saída de Águeda o terreno alterou bastante, voltamos às subidas enormes e com grande inclinação e descidas lentas, mas com vontade e determinação tudo se passou.
A chegada à Trofa deparamo-nos com muitos peregrinos a caminho de Fátima, mas pela berma da movimentadíssima nacional, ainda tentamos convencer um grupo a seguir as setas azuis que fazem o mesmo caminho que nos tínhamos feito até ali, mas em direcção oposta, mas a resposta foi que era por ali que costumavam ir e que desconheciam tal caminho.
A passagem por Pedaçães antecedeu um caminho espectacular digno de um postal, onde aproveitamos para tirar umas fotos. Seguiu-se a passagem pelo rio Vouga e um pouco mais a frente a enorme subida até Assilhó, que com o calor que se fazia sentir foi bastante difícil de percorrer.
Entramos logo a seguir em Albergaria-a-Velha onde o simpático casal Martinho nos esperava ansiosamente em sua casa para um magnífico almoço.
Como a mesa estava farta, e a conversa animada, e a convite de tão simpática família, optamos por ficar por ali a descansar o resto do dia e a contar um pouco da nossa aventura.

Na altura da paragem o relógio marcava as 13h:30m
Neste dia fizemos apenas 46,40 km em 3 horas a pedalar.






sexta-feira, 2 de julho de 2010

4º Dia de Peregrinação a Santiago

Ansião - Mealhada


Pouco passava das oito e meia quando nos despedimos dos simpáticos Bombeiros Voluntários de Ansião.
Cerca de uma hora depois já tínhamos tomado o pequeno-almoço e feito as compras necessárias para o dia que estava a começar.
Retomamos o caminho em direcção a povoação de Lagoa que antecedia uma zona com uns trilhos espectaculares e com um terreno quase plano, onde tiramos algumas fotos para mais tarde recordar; seguiu-se a povoação de Junqueira e depois Alvorge, Rabaçal e depois mais uns trilhos espectaculares que nos levaram a Condeixa-a-Velha onde fomos visitar as famosas Ruínas de Conímbriga.
Depois de deixar as bikes em sítio seguro, compramos os bilhetes e lá fomos nós de máquina fotográfica em punho apreciar as famosas ruínas. Na zona da “casa rica”deparamo-nos com um facto um tanto ou quanto curioso e triste, os repuxos que embelezam o local, só trabalham mediante pagamento, mas a máquina estava avariada, só os grupos tinham direito a uns breves momentos para tirar umas fotos.
Concluindo, quem têm bilhetes mais baratos têm mais direitos!!! Mas enfim, deixei bem claro na bilheteira o meu descontentamento perante essa situação.
Seguimos caminho até Cernache, onde almoçamos no café “O Moleirinho”, na companhia de uns jovens que tinham acabado um teste escolar, e que ficaram admirados com a nossa aventura/peregrinação.
Depois de uns bons momentos de prosa com eles resolvemos metermo-nos novamente a caminho.
Seguimos por trilhos bastante bonitos e pouco depois estávamos à entrada da Cidade dos estudantes, onde paramos num miradouro para tirar umas fotos da cidade, depois foi descer até junto do rio e fomos apreciar o Mosteiro de Santa Clara a Velha e a ponte pedonal Pedro e Inês, com os seus coloridos vitrais sobre o rio, aproveitamos as esplanadas locais para repor níveis antes do próximo trajecto.
Seguimos junto ao rio e um pouco mais a frente o caminho fez-nos seguir por entre as povoações de Trouxemil, Santa Luzia, Carqueijo até que chegamos à Mealhada.
Chegados lá, como tinha-mos lido que existia um albergue de peregrinos bem junto do caminho e como não sabíamos ao certo a sua localização fomos aos Bombeiros perguntar, qual o nosso espanto quando nos informaram que não tinham conhecimento de tal albergue na Mealhada, ofereceram-se para nos alojar nas suas instalações, agradecemos mas nos tínhamos em mente ir experimentar o albergue.
Deduzimos então que quando o Bombeiro não sabe, quem sabe é a GNR, fomos até lá perguntar, deparamo-nos com uns agentes novos e muito simpáticos que nos quiseram oferecer água fresca, café e até banhos, mas que também não tinham conhecimento do dito albergue de peregrinos, felizmente um deles teve a espectacular ideia de telefonar a um padre amigo que logo veio em nosso auxílio, o padre sabia onde se situava o albergue e logo se disponibilizou para nos guiar ao sítio.
O albergue de peregrinos da Mealhada fica mesmo junto ao caminho, mas como estava nos últimos acabamentos o dono ainda não tinha colocado a placa indicativa.
O albergue faz parte do “Hilário Residence” na Avenida da Restauração em Sernadelo, junto ao “Pedro dos Leitões”.
Foi na residencial que ficamos alojados, visto o albergue estar a receber os últimos retoques, mas o preço da estadia foi como se estivéssemos no albergue.

Com esta confusão quando paramos, o relógio já marcava as 19:00, e o conta-quilómetros tinha registado 76,50 km percorridos em 05h:11m a pedalar.
Nesse dia como não podia deixar de ser o jantar foi leitão, acompanhado de vinho verde no restaurante “Pic-Nic”.